segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SOLDADOS DE BACO

Soldados de Baco

INTRO [|Em C|] 4X
Em             B7  |       C#05      |   Am/F#           B7      |        Em C  |  Em C |
Estes vêm feros e amotinados Aqueles andam bravos muito acossados
 Em                B7        |    C#05   |       Am7/F#    B7  |  Em C  |Em   C  |
Esses são mais grossos em algazarras Os outros mais tamanhos estendem as garras
Em                  |   Em/G       |  C                      |   C/G    |
Os bandarras , os bailarinos Os baptizados, os babuínos
   |         Am7/F#                 |               B7            |     B7     |
Os levantados os paladinos Todos provocam malditos aos gritos
Em                             D                               C
E alguns rapinam de pulo escaramuçam larápios
D                                            Em
(bate bate sobre a terra sobre os céus)
                           D                         C
Todos à uma muzungos cafres e arábios
Am                     B7                 Em
(pega pega pelas almas pelos céus)
Em                        D                                         C
Uns sem lei nem costumes mostram as partes traseiras
D                                                  Em
(bate bate sobre a terra sobre os céus)
                           D                                           C
E tanta gente responde mostra outras partes grosseiras
Am                       B7         Em
(pega pega pelas almas pelos céus)
Em                       D                                       C
Andam em roubos e desnudam os que vão derradeiros
D                                             Em
(bate bate sobre a terra sobre os céus)
                               D                                     C
Dão de focinhos no chão dados por golpes rasteiros
   Am7              B7                 Em
(pega pega pelas almas pelos céus)

Em                                             A7                
Vivem de muitas vidas na vida, hão-de viver como soldados de Baco na terra
Am7                      D                         Em
Nunca a paz é a paz toda enfeitada de guerra
Em                                    A7
Enfeitada como um qualquer deus
Am7            D          Em
Toda enfeitada de breu
(INSTRUMENTAL) 2 X [ Em C Em C D C ]

Estes saltam brutos como bugias Aqueles fazem cruas carniçarias

Esses muito indígenas e carniceiros Os outros sanguinários muito estrangeiros

Os quadrilheiros os esgrimidos os acossados os carcomidos

Os vergastados os corrompidos --- todos em sangue lavados aos brados

E alguns dão Santiago dão nos bons e nos maus

(matas mato Valha-nos Nosso Senhor)

E todos enchem o ar o céu de pedras e paus

(mata esfola misericórdia Senhor)

Uns varados dos peitos do espinhaço à outra parte

(matas mato Valha-nos Nosso Senhor)

Tantas cabeças ao talho à força dos bacamartes

(mata esfola misericórdia Senhor)

Vão fustigados os braços as pernas e outros lugares

(matas mato Valha-nos Nosso Senhor)

Dão nos contrários uivando golpes mortais aos milhares

(mata esfola misericórdia Senhor)



Morrem de muitas mortes e à morte

Hão-de morrer como soldados de Baco na terra

Se nunca a paz é a paz toda enfeitada de guerra

Enfeitada------------como um qualquer deus

Toda enfeitada ....



E alguns afrouxam calados calados pelas gargantas

(matas mato Valha-nos Nosso Senhor)

Todos vomitam de si chuvas de setas e lanças

(mata esfola misericórdia Senhor)

Uns vão de crânios abertos com as medulas de fora

(matas mato Valha-nos Nosso Senhor)

tantas ossadas e carnes que a lama engole e devora

(mata esfola misericórdia Senhor)



Morrem de muitas mortes e à morte

Hão-de morrer como soldados de Baco na terra

Se nunca a paz é a paz toda enfeitada de guerra

Enfeitada------------como um qualquer deus

Toda enfeitada ....

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ROUPA VELHA

Roupa velha

Letra e Música: Fausto

Am

Am
Rapariguinha
cose a tua saia
E7
velha de cambraia
                    Bm         E7              Am
que outra não podes comprar baixa a bainha
rasga o pé-de-meia
E7
quando é magra a ceia
Bm
quem nos há-de aguentar
E7 Am
oh bonitinha
G7
A que preço está o peixe
C
na corrida
G7
a xaputa já é truta
C
promovida
Am                               F
puxa da massa apalpa a fruta
Bb
insecticida
Eb Bb
fez a pileca da vitela
Em Bm
uma investida
Dm Am
e a salsicha “isidora”
E7 Am G7 C G7 C
é alheira de Mirandela
G7
A que preço está a couve

e o grão-de-bico

bacalhau quase não há

deu-lhe o fanico

tenho prisão de ventre oh pá?

eu já te explico

o feijão-frade subiu ao céu

vende o penico

se não há grelos no mercado

há bons nabos no hemiciclo

Am Am/G
Guarda a roupa velha
Am/F#
que sobra do almoço
Bm11
dá o braço à Maria
E7 Am
ao Manel e ao Joaquim
Am Am/G
não vás devagarinho
Am/F#
faz da praça um alvoroço
Bm11
leva-me contigo
E7 Am
ai!! não te esqueças de mim

A que preço está o vinho

nessa pipa

arde o preço da aguardente

queima a tripa

a água-pé é um detergente

só constipa

já não gosto da cerveja

dessa tipa

e a jeropiga a martelo

é servida em bandeja



A que preço está a casa

nessa esquina

não se aluga só se vende

é uma mina

quem a vende tem juros

lucros

alucina

quem não tem casa inventa

imagina

sonha ao relento é multado

mora em barraca clandestina



Como vai a nossa vida

de chinelo

pelo custo não é festa

é um duelo

o cabaz da fome é caro

magricela

mais barato é o discurso

tagarela

nada diz nada acrescenta

                                          G7 C G7 Am
nem mexe o fundo à panela

sábado, 23 de janeiro de 2010

De um miserável naufrágio que passámos (original em Mi com o cappo no 2º traste mas como se fosse Ré)

[D A] [F# Bm]
Bm F#
O escuro é muito grande O tempo é muito frio
Bm F#
O mar é muito grosso O vento é muito rijo
Em7
As águas são cruzadas
A7
As vagas levantadas
D Bb7 C7
Eh bruto corta-me esses mastros
F G Bb7 A7
Aguenta a popa e vira a proa
D Bb7 C7
Ajusta-me esses calabretes
F G Bb7 A7
Baldeia fazendas à toa
D F#7
Descarrega esse convés
Bm
Saltam braços Voam pés
A7 Bm
Vomitam pragas num estardalhaço
C#7 F#m
Os corpos atirados em pedaços
G# C#m A# D#m7
Dão à costa Pela encosta
D7 G
Choramos a nossa perdição
Bb7
Dando muitas bofetadas
Cm7 Bm7 Em7
Em nós próprios sim senhor
A7 Bm7 B7
Metidos num charco de água
Em7 A7 D
Gritamos uma reza ao salvador

II
Salve-se agora quem puder
Por entre feridos e aflitos
Nas costas banhadas em sangue
Mordem atabões e mosquitos

Gritam mudos Ouvem surdos
Em trejeitos absurdos
Um marinheiro de cabeça toda aberta
C’os miolos todos podres quase inerte
Num boeiro Ai que cheiro

E abraçado a mim logo expirou
Com provas de bom cristão
O que muito nos consolou
Não ter de o levar às costas
Enterrado Abençoado lá ficou
III
Estando nós em grande perigo
Num enorme desvario
Nadaram dois marinheiros
E a pouco mais de meio rio



Arremeteram conta eles
Dois lagartos muito grandes
Que os esfarraparam todos em bocados
Com a qual vista ficámos assombrados
Ai socorro Ai que eu morro

Livra que nos fomos logo a pique
E subitamente ao fundo
Com um negro pela mão
Tão pasmado e caladinho
Mas lá por dentro a cantar o cantochão

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Rosalinda (1 de 2 )

 
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Rosalinda (2 de 2 )

 
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A nova Brigada dos coroneis dos lapis azuis

 
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Como um sonho acordado (1 de 2)

 
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Como um sonho acordado (2 de 2 )

 
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Rosalinda (corrigida) (tocado com cappo no 3º traste como se fosse acorde La Maior)

(19) ROSALINDA
(Fausto Bordalo Dias)

C – Gm7 // Cmaj7 // C – Gm7 // Dm7 // G7

Cmaj7
Rosalinda
Gm7 Cmaj7
se tu fores à praia
C#o Dm7 G7
se tu fores ver o mar
Cmaj7
cuidado não te descaia
C#o Dm7
o teu pé de catraia
G7 Cmaj7 Dm7
em óleo sujo à beira-mar
G7 Cmaj7
cuidado não te descaia
C#o Dm7
o teu pé de catraia
G7 Cmaj7 Gm7 Cmaj7 Gm7
em óleo sujo à beira-mar

E sus Am
a branca areia de ontem
D7 Em7
está cheiínha de alcatrão
F# sus C7/b5 Bm7
as dunas de vento batidas
Am7 G7
são de plástico e carvão
Cm7 F/A
e cheiram mal como avenidas
G7 C
vieram para aqui fugidas
G7 Cmaj7-Gm7
a lama a putrefacção
Cm7 F/A
as aves já voam feridas
G sus – G7 Cmaj7-Gm7 x2
e outras caem no chão
E sus Am D7
mas na verdade Rosalinda
Em7
nas fábricas que ali vês
Dm7 G7 Cmaj7
o operário respira ainda
Cm7 F7 Bb
envenenado a desmaiar
D7 G
o que mais há desta aridez
Cm7 F/A
pois os que mandam no mundo
G7 Cmaj7-Gm7
só vivem querendo ganhar
Cm7 F/A
mesmo matando aquele
G sus G7
que morrendo
C G7
vive a trabalhar – tem cuidado
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia BIS
em óleo sujo à beira-mar


E sus Am D7
e em Ferrel lá p’ra Peniche
Em7
vão fazer uma central
F# sus C7/b5 Bm7
que para alguns é nuclear
Am7 G7
mas para muitos é mortal
Cm7 F/A
os peixes hão-de vir à mão
G7 C
um doente outro sem vida
G7 Cmaj7-Gm7
não tem vida o pescador
Cm7 F/A
morre o sável e o salmão
G7 C
isto é civilização
G7 C G7
assim falou um senhor – tem cuidado

Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia BIS
em óleo sujo à beira-mar

Olha o Fado

Olha o fado
[E G#m7 F#m7 B7 ] E



Bm E7
Eu cá sou dos Fonsecas
A7
Eu cá sou dos Madureiras
Bm E7
De ferro o puro sangue
A7
O que me corre nas veias
B7
Nasci da paixão temporal
C#7 F#m
Do porto dos vendavais
A D
Cresço no fragor da luta
B/Eb
Numa força bruta
B/Bb A
P’ra além dos mortais
F# Bm
Mas tenho muitas saudades
G# C#m7
Certas penas e desejos
A D
E aquela louca ansiedade
G C
Como um pecado
C
Meu amor se te não vejo
B7
Olha o fado
Am
Ora é tão vingativo
Em
Ora é tão paciente
Am
Amanhã é comedor
Em
Hoje abstinente
C B7
Mentiroso alcoviteiro
E Em7
Doce e verdadeiro
Am
Uma vez conquistador
Em
Outra vez vencido
Em
Amanhã é navegante
C
Hoje é desvalido
B7
Sensual aventureiro
E [E G#m F#m7 B7]
Doido e bandoleiro
F#m B7
Somos capitães
E
Somos Albuquerques
G#m7
Nós somos leões
F#m7
Os lobos do mar
B7
De olhos pregados nos céus
E G#m7
De cima dos chapitéus
F#m7 B7
Somos capitães
E
Somos Albuquerques
G#m7
Nós somos leões
F#m7
Os lobos do mar
B7
E na verdade o que vos dói
E [E G#m F#m7 B7]
É que não queremos ser heróis

Delicadamente para ti

 Delicadamente para ti